sábado, janeiro 20, 2007

Um passo a frente e não estamos no mesmo lugar...

(para ler ao som de Amigo Punk, do Graforréia Xilarmônica. Lógico!!!)

Foi no F$M, a pouco mais de uma semana.
Mas parece que foi agora a pouco...
Num dia távamos perto do parque Redenção eu e meu bro Victor Castelo Branco. A idéia era ir a coletiva que Saramago tava dando junto a um anfiteatro localizado por ali. Numa daquelas sucessões de erros que não tenho a menor vontade de explicar (por que aí eu teria que deixar de ser materialista-dialético), e que envolveram nossas amigas Gabriela e Silvia do UniCEUB, nossos planos acabaram sendo mudados.
Como se diz no jornalismo, caiu Saramago.
Aí surgiu a idéia. Um passeio por uma parte muito legal do nosso passado e de nossa militância no MECOM.
Num certo Instituto de Educação, meio que atravessando a Osvaldo Aranha, entrando no Parque Farroupilha. Até a localização ajudava a ambientação...
Entramos no local.
A escadaria e o quadro ainda tavam lá.
O arrepio em nossas espinhas e o sorriso de orelha a orelha também...
O ginásio aonde foi o alojamento também. E aonde a galera do Espírito Santo batucou seus funk, como “ 70 % de aproveitamento/ sou um delegado,/ que arrependimento”, ou “ neste COBRECOS/ Só tenho uma certeza/ ser observador/ é da minha natureza”.
E aonde na manhã depois da balada final o compa Flávio Gonçalves adentra, sem saber se ficava desesperado ou se ria, procurando um guri com cara de pouco mais de 15 anos, um certo Vinicius Mansur, que tinha desaparecido (descobrimos pouco tempo depois que ele havia dormido no Banheiro do G Powers, aonde tinha sido a Balada...).
Seguimos no pátio, aonde foi a alimentação. Não tinha a lona aonde foi as alimentações e as baladas internas.
E que ocorreu a chuva que quase arranca a lona, em uma cena digna daqueles filmes catástrofes...
E tinha a Rádio Poste. Onde conheci um cabra da Restinga que acabei trocando muitas idéias. André Saroba. Fui apresentado por uma outra amiga que havia recém feito, E que se tornou companheira de inquietações, uma tal de Micheline Michaelsen...
Auditório. O Piano ainda tava lá. A Carla e a Dani da UFPR cantaram alguma músicas que não me lembro bem quais enquanto uma das plenárias começavam.
Lembro que foi a única plenária que chorei no fim, depois da minha avaliação do encontro, citando Amigo Punk e tals.
Sem falar no Tchutchuá.
Em eu vendendo adesivos da Ralacoco.
Na Sue, da USP, dançando funk bêbada.
Das Maris da UFPE.
No Homem-delegação do Piauí.
Na consciência ecológica do Encontro.
Na Auto-Construção do encontro.
No Serrote Preto...

Quando saí, vi que uma semana especial tinha acontecido em PoA naquele ano. Parecia que tinha se criado uma nova família. Uma relação diferente de outros encontros que já tinha ido. E olha que já era macaco velho de encontronaquela época. Algo que durou um pouco mais na semana seguinte, do fórum de 2003.
Uma semana tri-legal.
Uma X-semana, num X-COBRECOS.

Seguindo e detonando o hardcore...

( texto Publicado originalmente no blog Mundo Externo S/A.)