sexta-feira, dezembro 31, 2010

#Em2010eu...

... comecei com este texto no Blog. Mais especificamente este trecho:

"Eis o ponto: não fique só nas promessas de ano novo. Aja para que se realizem."
Que tal começar agora?

Poderia escrever sobre como as dificuldades do mundo, como é amadurecer onde o mundo te quer irresponsável, mas estou revendo meus planejamento e ações para 2011. O primeiro e tentar comer Felicidade todo café da manhã. Sei que às vezes tá em falta, devido a demanda ser grande, mas procure mesmo assim. Isso aprendi com uma amiga minha.

O segundo é abrir minhas asas e voar mais alto de onde estou. Melhorar meu plano de vôo e minhas asas, e voar mais seguro para onde quero ir. Em bando, pois pássaro que voa sozinho é presa fácil para os predadores que existem por aí...

O terceiro é acreditar nas minhas idéias.

E o quarto é levar a sério o terceiro.

Acho que já está bom, concordam?


domingo, dezembro 19, 2010

Não sou Rubem Braga, Lamento

Para Pedro Caribé e Tayago, pela conversa

Já fui estudante de Matemática.
Às vezes ia de carona com colega curso que era policial. Ele sempre estacionava relativamente longe. O que significava atravessar praticamente todo o (Uni)CEUB que era aonde eu estudava.
Todo este trajeto ele dava boa noite para todo servidor da instituição que encontrasse. Motoristas, cobradores, porteiros, faxineiros e outros,.
Uma dia perguntei por que ele fazia isso. E recebi uma das maiores lições de humildade da minha vida:
- Eu trabalho cerca de 6 horas por dia numa faixa de pedestres, e sei como é doloroso passar um dia sem receber nem um bom dia.
Comecei a dar bom dia desde então...

sexta-feira, dezembro 17, 2010

Meu Afastamento da Ralacoco

Como faz parte da minha vida, acho justo que o pessoal daqui do Blog saiba disso, mesmo por que muitas das pessoas que me lêem aqui me conheceram neste espaço político. Aconteceu a pouco mais de um Mês.
E sim, vocês leram o título da mensagem corretamente.
Quando começamos a rádio (no plural, pois foi, e é, obra coletiva) viamos a necessidade de instrumentos pára serem utilizados para a transformação da realidade, desde o micro-cosmo UnB, até a totalidade social em que vivemos. Viamos antes, de maneira algo que confusa, no ME, e em outros instrumentos políticos depois. superando ou tentando superar o coronelismo que existe seja na sociedade, seja na UnB, seja dentro de nós mesmos.
Não dá pra fazer tudo ao mesmo tempo. Estou em outros MIcro-Cosmos que demandam energia, elaboração teorica e praxis para aproximarmos mais na transformação que falei lá em cima. E opto por me abster da participação na Ralacoco no próximo periodo e incidir em outros espaços.
Sei que talvez nos encontraremos na Luta Social. Por tanto até logo, Ralacoco.

Marcelo Arruda

quarta-feira, outubro 06, 2010

Como quem não quer nada. Foi na greve das federais de 2001 na UnB. Não foi amor à primeira vista, nem nos olhamos nos olhos, mas ela tava lá.

Nos envolvemos. Fui passando muito tempo com ela. Os melhores tempos que passei na UnB. Tempos de Luta, que não era só minha, era de um coletivo...

E ela tava Junto.

Nos afastamos algumas vezes.

Brigamos, nem sei mais por que.

Mas sempre voltamos.

Pois tínhamos algo lindo entre a gente, um ideal de mundo melhor que nos fazia mais forte. Nos unia. E que crescia cada vez mais.

Era e é a Capacidade de dizer bom dia.


domingo, agosto 22, 2010

((Quase 33)) Vivendo e não aprendendo

"Como é fazer 33 anos?" É uma pergunta.

É gostar de fazer um carinho gostoso, olhando nos olhos de alguém. Ser correspondido. E achar satisfação neste gesto. Saber ver o intocado dela. O que ela tem de melhor. Descobrir e liberar.
É de vez em quando agradar aquele adolescente dentro de você, que curte rock, cantando desafinado no chuveiro músicas infantis da década de 80...
É abraçar quem você gosta mandando todo o carinho do mundo para ela. Se possível, rodando a pessoa num giro de 360 graus. Trocando energia positiva. Nos carregando, para um mundo que teima em nos esvaziar.
É nos descobrir como nosso principal adversário e como nosso principal aliado. Alguém que teremos que superar a cada dia para sermos um Ser humano melhor. E quem podemos pedir ajuda na tarefa.
É passar o aniversário ajudando a organizar um seminário com alguns companheiros e companheiras de jornada. Tendo em mente que isso faz parte da construção de um mundo mais justo. E saber que pode confiar nestas pessoas sem sombra de dúvida.
É fazer Tchutchuá.
É fazer o que se gosta. Ou simplesmente fazer, quando possível. Por exemplo, escrever um texto que numa noite de domingo, sem saber como começar e terminar, e publicar num blog vermelho.
Só para terminar uma triloga...

Não é uma resposta.

segunda-feira, agosto 16, 2010

((Quase 33)) Idade

O que falar de uma idade que aos 10 não imaginava como seria? Tirando que provavelmente estaria já casado e com a vida estabilizada? (sim, pensava isso aos 10 anos...)
O que falar de uma idade que aos 20 ainda estava correndo atrás do Sonho de entrar na UnB, aflito com o que poderia vir se não passasse no Vestibular? (fazia Matemática mas não queria ser Matemático. )
O que falar de uma idade que aos 30 me impressionava com a proximidade, mas também com algumas ainda indefinições? (Ainda sofrendo para sair da UnB, depois de demorar para entrar.)

Nada. Não falo nada. Talvez é isso que aprendi. Tentar valorizar meus silêncios.(Aprendi?)
As coisas acabam acontecendo, algumas como planejamos, outras como não planejamos.
Aos 33 continuo sendo um cabra de Sobradinho, com alguns sonhos, e algumas dúvidas, e poucas certezas.
Quem sabe aos 40 aprenda a lidar com isso plenamente. Enquanto isso...





((Quase 33)) Gracias a La Vida

A vida nos dá alguns presentes. Cabe a gente aceitar. E agradecer.
Tá, fácil dizer. Tem alguns tão bons que a gente nem acredita que eles vem. É quando a gente deixa passar, nos arrependemos.
Tenho cá meus pontos negativos. Todas e todos tem. A questão é desapegar-se dos negativos, principalmente daqueles que você não tem controle, e aproveitar os positivos.
Tá, fácil dizer II, a missão. Alguns doem. Rasgam a alma. Nos paralisam.
A única coisa que posso falar é tentar manter a cabeça erguida.
Afinal, isso também vai passar...


quarta-feira, agosto 04, 2010

Ju,

Tu pregou uma peça na gente.
A gente pensando que você era desse mundo.
Mas não. Este mundo não era o bastante para ti. Deveríamos ter desconfiado.
O mundo não estava preparado para alguém que a alegria é a vida, e vice-versa. Sempre prestativa, sempre ajudando, e sempre trabalhando. Com um sorriso no rosto nas situações mais complicadas. Incentivando quem tava desanimado ou desanimada.
Nem nós tavamos preparados, para aquelas perguntas simples, tão simples, que você fazia de coração nas reuniões dos projetos do RadioDiversidade. E nos desconcertava.
Nem eu ainda estava preparado para mergulhar na vida, como você sugeriu muitas vezes.(POde deixar que estou resolvendo isso, e sobre pedir desculpas também...)

Aí, de repente, você foi para seu lugar, nas estrelas.
Fico aqui lembrando de uma poesia de Mário Quintana, "Parece um sonho."

"Parece um sonho que ela tenha morrido!"
diziam todos... Sua viva imagem
tinha carne!... E ouvia-se, na aragem,
passar o frêmito do seu vestido...

E era como se ela houvesse partido
e logo fosse regressar da viagem...
- até que em nosso coração dorido
a Dor cravava o seu punhal selvagem!

Mas tua imagem, nosso amor, é agora
menos dos olhos, mais do coração.
Nossa saudade te sorri: não chora...

Mais perto estás de Deus, como um anjo querido.
E ao relembrar-te a gente diz, então:
"Parece um sonho que ela tenha vivido!"

Poisé, foi um sonho. bonito sonho que vivemos juntos.
Vá na luz, Ju. Vai ser mais uma estrela, para nos iluminar lá de cima.
E valeu por compartilhar sua passagem na Terra conosco, amiga.

domingo, julho 25, 2010

Eu sinto que sei que sou um tanto bem maior

"Abade: É possível cobrir a Terra inteira de tecido para que fique suave em qualquer lugar que pisarmos?
Monge 1: Não.
Abade: Então o que fazemos?
Monge 2: Colocamos sandálias de tecido."

(Cena do Filme A Copa (1999), do cineasta e mestre budista Dzongsar Khyentse Rinpoche)


Todo mundo tem uma Sandália de Tecido. Algo que ancore emoções. Algo que ative o desejo mais profundo ser liberado. Aquela música que faz lembrar que alguém especial. Uma cena de filme que te dá um insight. Novos mundos.
Sinais que você recebe, mas a partir daí tem que saber o que fazer com eles. Até você está esperando estes sinais, inconscientemente. Perguntas que quer responder. Ou até descobrir novas perguntas. Algo que nos tire de nossas confusões e nos dá certeza.
Mas qualquer certeza pode se desfazer. Depende do que sentimos, vemos e acreditamos.
E do que estamos calçando.

segunda-feira, junho 14, 2010

Um pouco mais sobre relevância e Sorrisos

Brad Jones.
Não conhece? Goleiro da Austrália. Segundo Goleiro da Austrália. Quer dizer, era.
Desistiu do ponto alto de qualquer jogador de futebol, que é a Copa do Mundo.
Diz ele: “A Copa do Mundo é irrelevante para mim agora. Quando eu entrei no quarto e Luca sorriu quando me viu, isso valeu mais que qualquer coisa que a Copa do Mundo jamais poderia me dar. O tratamento vai durar cinco semanas e eu quer estar aqui o máximo que eu puder”
Tratamento de leucemia.

Já tenho para quem torcer nesta copa. Pelo sorriso do filho de Brad Jones...

sábado, junho 12, 2010

A relevância de um sorriso

Domingos Dutra.
Está em greve de fome. Motivos que Rogério Tomaz Jr fala muito melhor do que eu aqui e aqui.
Ele se mostrou muito atencioso quando a amiga Amanda Dutra me apresentou como militante de Rádios Comunitárias. Como se eu fosse a pessoa mais importante no recinto.
Não era.
Ali estava presente também o Manoel da Conceição, citads nos links acima, que explica uma dele: "Minha Perna é minha Classe."
Mas me impressionou, depois de tudo o que aconteceu, que Dutra se despediu com um sorriso.
Sorriso mostrando uma alma rasgada, mas que mostra a sua relevância.
Na luta...

(atualização 10:27, 13/6/10: ver o video abaixo)

segunda-feira, fevereiro 22, 2010

Apenas um sonho em Recife/Olinda

James Taylor.
1985. Estagnação. Perdido, enfim.
Aí foi para um Show para 250 mil pessoas. Rock n'Rio 1985.
E se encontrou.

Também me encontrei. Precisei de um tempo para me esquecer um pouco de mim mesmo, para simplesmente me divertir.
Mas não imaginava o que ocorreria. Mesmo com a alma receptiva que fui. Afinal, era Carnaval.
Não imaginava que até o que eu não me lembrava fosse tão bom no fim das contas...

Olinda/Recife ganhou um amigo...

quarta-feira, janeiro 20, 2010

O que cantaremos depois...

De vez em quando bate uma nostalgia de nós mesmos. É quando a gente se vê n'alguma foto ou num texto antigo. No meu caso, nesta semana 10, 5 anos mais jovem.
Motivações diferentes, sonhos diferentes, perspectivas diferentes. Aquele ser dos textos ou na foto pensava, amava, lutava, sorria, sofria, escondia e revelava. Tinha o mundo a descobrir. E à mudar.
Não deu para evitar uma sensação entre o constrangimento e a agonia de não perceber resultados óbvios de minhas ações. Ou de minha incapacidade, quando percebia, de convencer as pessoas ao meu redor. Nossa tendência a autocrítica e ao controle, mesmo com a distância temporal, faz a gente se exigir muito de nós mesmo. Como se pudessemos pegar uma máquina do tempo corrigir o que fizemos de "errado". Como se o resultado das escolhas que fizemos não fosse também parte de nós mesmos, de nossa construção como pessoa...
Poisé, viajar no tempo dessa maneira é legal. Desde que a gente não fique preso por lá...

sábado, janeiro 09, 2010

Mensagem numa garrafa.

Naufragos como o povo de lost. Bilhões. Procurando um lar. Mandando recados para o resto do mundo, esperando respostas. Alguns esperando até perguntas.
Procurar alguém que catalise a si mesm@. Outro ser inteiro, não outra metade. Complexos como nós. Alguns se perdem na busca.
Mergulhando de cabeça. Com o perigo de não saber da fundura do rio. Nem da correnteza. Nem se sabemos nadar. As vezes pensamos que sabemos. Estas águas enganam, e muito!

E tentamos. Às vezes contra a correnteza. Por todo o mundo.

domingo, janeiro 03, 2010

Vísivel

Histórias com inicio, meio e fim. Imagens limpas, assépticas. Com ar-condicionado e tudo. Feitas para se enquadrar em cinema de shopping.
O filme do Lula. E o do Zezé de Camargo e Luciano também.
(Vixe, melhor não começar, a lista é imensa...)
Ficções, sobre parte da história recente do Brasil, que faz parte do rural se tornar urbano. Trajetórias tipo Self-Made Man. Numa realidade de alijamento de parte da população dos meios de consumo.
O caipira e o nordestino como imagem brasileira sempre foi algo olhado com desdém. Mazzaropi que o diga.
O que é feito deixa lacuna. O perfeito. E nesta ausência há algo que se perdeu no processo, que talvez retrate mais do que o que é mostrado em tela.