terça-feira, dezembro 31, 2013

Obrigado, 2013!

Não era dezembro nem tinha nenhuma Berenice envolvida.
(Acho...)
Mas (a Gira) Girou.

Janeiro. Dois amigos, Milena Araguaia e Cristiano Torres, me foram os anjos da guarda para ajustar minha colocação no universo. Não o que gostaria de escutar, mas o que me fez ver novas formas de pensar, sentir e agir. O Cris já tinha convidado muitas vezes, mas eu nunca ia. Processo de procrastinação a que me programava quando chegava num ponto.

E fui. E os demônios e anjos começaram a ter várias conversas sérias comigo. Quase todo Sábado, após a rádio. E fui com eles. E elas.

Um processo aonde nós, caminhantes das estrelas, fizemos contatos com nosso sagrado. E coloco no plural pois todos somos estrelas numa constelação que fazemos parte em conjunto. E em contato nos orientamos com observações de forma pertinentes em nossas vidas, sem amarras. Indo aonde a gente realmente é e quer. Com erros e acertos, como qualquer humanidade, mas como exemplo de oportunidades para aprendizado.

Era para ser um texto de falar de 2013. Mas falar deste ano é falar de um ano que foi mestre. E falar de um Mestre, é sempre agradecimento. Gratidão sincera e eterna ao que tive, tenho e terei que aprender, as que doam suas vidas de guiar ao contentamento e alegria sincera.

E façamos um 2014 honrando quem somos, e que façamos algo melhor.
De nós.

segunda-feira, dezembro 23, 2013

Então é Natal...

Concordo que entrevistar Papai Noel, mesmo no Roda-Viva como está atualmente, é demais. Mas existe um contexto que faz com quesso aconteça...

É parte do problema do Jornalismo no seu contexto: aceitar um tipo de construção que desvie de sua função, por interesses além da informação. Interesses, literalmente, comprados e consumidos por parte consideravel da população... O fato de não comprarmos algo não impede que exista este algo. Devemos aceitar ativamente que existe, para fazer algo a partir daí. Mesmo por que, o mesmo contexto que faz tocar "Então É NATAL" no Natal, por exemplo. E num outro lado, tocarmos "Papai NOEL, Velho Batuta."
Pois você não acham que o Mercado também não está de olho naqueles que Xingam muito na internet no natal, acham?

Dito Isso...


sexta-feira, dezembro 20, 2013

O Rei do Brega acaba de deixar o Prédio...

Você deve ver e sentir a dor que deveras sente, a dor que Dói.
Sem Mexer na ferida.
Deixar doer.
Mas desapegar dela quando cicatrizar.

Pois coração partido é vida. É rodagem. Crescimento.
Uma das funções deste blog é fazer de algo tão sagrado como nossa Dor de Corno, das minhas dores de corno, texto. Catalizando-as e fazendo algo de bom delas. 

E este mal cuidado blog nunca tinha publicado algo de Reginaldo Rossi. Nunca achei a justificativa para colocar um texto sobre ele, alguma desculpa esfarrapada. Justo aquele que foi trilha sonora de muita coisa, boa e ruim, que aconteceu, e que ainda vai acontecer...
Escrevo agora...

Valeu Rei. E desculpa nossa falha...



quarta-feira, julho 31, 2013

Do que eu (não) entendi de Junho de 2013

Da parada de ônibus até em casa passo por muitas igrejas, independente do percurso que faça. Pois é uma consequência natural de morar numa cidade que tem muitas igrejas, tipo Sobradinho.

Todas cheias, todas discutindo. Todas as pessoass se reunindo.

Não deveria ser nenhuma surpresa. Mas num momento como este é bom lembrar o óbvio que passa na nossa frente e não levamos tão a sério assim nas nossas análises...

Na periferia as pessoas se reúnem. Se engajam. Conosco ou sem nosco...

Nas Igrejas.

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Na periferia do DF, a direita nunca se desorganizou. É só pensar nos massacres diários e sequestros de narrativas de sempre...

E para quem perdemos espaços, não só políticos, mas muitas vezes físicos. De aglutinação da Classe trabalhadora. Frutos até de uma cegueira da esquerda atuante no centro, mas renegadora do Povo.

E que ainda não aprendemos a lição dos efeitos práticos de nossos dissensos como atrasos na luta. Pois repetimos o que não deu certo antes.

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"O antirracismo já é palavreado fácil, mas segue sendo uma prática difícil. Eis o lugar onde estamos. Para onde vamos? Isso depende do caminho que todas e todos estiverem realmente dispostas e empenhados a trilhar."Ana Flávia Magalhães Pinto

A pauta que sempre é deixada a margem de todos os processos político é justamente a que atinge a maioria da População. Se duvida, presta atenção como a discussão racial é colocada na Hora do "Vamos Priorizar as Pautas do Movimento".

Aliás, o texto linkado acima mostra muitos dos pontos cegos nossos, dos que pretensamente estavamos acordados. Pontos cegos que estão cobrando seu preço agora neste momento aonde não sabemos o que fazer.

(E não, não sabemos. Se você sabe está ou muito mal informado ou muito mal intencionado...)

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quinta-feira, abril 04, 2013

Minha terra tem Tony Tornado #desarquivandoBR

Desde sempre a produção cultural Negra na MPB foi objeto de diferentes mecanismos de cooptação e neutralização em sua cadeia produtiva. Aonde o local de fala do Negro era como Objeto ou Sujeito passivizado. Quando não era simplesmente calado. O conceito de Nação do regime político implantado em 1964 se aproveitou muito disso em sua propaganda política ao enfatizar o mito de democracia racial.

Neste contexto, incomodava alguém com cabelo Black Power. Incomodava alguém que dançava e cantava com orgulho de ser Black, usando o seu corpo como uma arma contra a repressão corporal. Incomodava alguém com posições claras pelo fim do racismo. Incomodava alguém que levantava os punhos cerrados no ar, como os Panteras Negras. Incomodava alguém que perguntava "Você teria por ele o mesmo amor/ Se Jesus fosse um Homem de Cor?". Incomodava ele incitar, pelo exemplo, a formação de organizações políticas no Brasil. Incomodava a Afirmação da Identidade Étnica que ele representava. Sozinho ou coletivamente, com sua influência.

O incomodo teve seu preço para Antônio Viana Gomes: nove passagens pelo Departamento de Ordem Política e Social (Dops), discos apreendidos e Exílio. Suas músicas pararam de tocar nas rádio. E setores da imprensa começaram a assassinar sua reputação como cantor, Sem falar nos setores da Esquerda que já faziam Patrulha Ideológica que não entenderam (e até hoje não entendem plenamente) que há outras formas de se fazer política, e principalmente que a Pauta racial é uma pauta a ser levada a sério no Brasil.

Entender o contexto de existência de um Tony Tornado. Entender suas influências estéticas, sociais e políticas do seu tempo. Entender suas contribuição para o que entendemos de Música Negra Brasileira. Que não era só ele mas uma coletividade.  E entender por que e como essa contribuição foi limitada. Tudo isso mais outros fatos coligados é entender que havia uma Indústria Cultural que era influenciada por uma Estratégia de Estado que visava fortalecer um Projeto de Nação. Projeto de Nação que tinha um conceito de Cultura Brasileira que não admitia desvios.

 Projeto que não poderia ser denegrido.

 Post participante da VII Blogagem Coletiva #desarquivandoBR.

segunda-feira, janeiro 07, 2013

Lista de Metas #2012 - Conferindo

Janeiro de 2012. Metas. Um ano para escrever este texto. Ficou um Chinese Democracy...

Alguns objetivos alcancei. Outros, lixeira. Com a Limpeza Urbana que temos.
Fiz. De limitações conhecidas e desconhecidas, que coloquei em mim ou nos outros e outras. Problemas que "tive". Apegos e desapegos.
Sempre em construção. Caminhando e tropeçando e seguindo a canção. E me preparando para este exercício de ser, me preparando como um atleta.
Apesar dos "expertos ao contrário" que jogam contra a gente. Mas não vi aqui para competir. Vim para aprender. Ser melhor do que fui ontem. Pior do que serei amanhã. Aprendendo.

Não ganhei todos os jogos.
Mas valeu a torcida.