domingo, agosto 22, 2010

((Quase 33)) Vivendo e não aprendendo

"Como é fazer 33 anos?" É uma pergunta.

É gostar de fazer um carinho gostoso, olhando nos olhos de alguém. Ser correspondido. E achar satisfação neste gesto. Saber ver o intocado dela. O que ela tem de melhor. Descobrir e liberar.
É de vez em quando agradar aquele adolescente dentro de você, que curte rock, cantando desafinado no chuveiro músicas infantis da década de 80...
É abraçar quem você gosta mandando todo o carinho do mundo para ela. Se possível, rodando a pessoa num giro de 360 graus. Trocando energia positiva. Nos carregando, para um mundo que teima em nos esvaziar.
É nos descobrir como nosso principal adversário e como nosso principal aliado. Alguém que teremos que superar a cada dia para sermos um Ser humano melhor. E quem podemos pedir ajuda na tarefa.
É passar o aniversário ajudando a organizar um seminário com alguns companheiros e companheiras de jornada. Tendo em mente que isso faz parte da construção de um mundo mais justo. E saber que pode confiar nestas pessoas sem sombra de dúvida.
É fazer Tchutchuá.
É fazer o que se gosta. Ou simplesmente fazer, quando possível. Por exemplo, escrever um texto que numa noite de domingo, sem saber como começar e terminar, e publicar num blog vermelho.
Só para terminar uma triloga...

Não é uma resposta.

segunda-feira, agosto 16, 2010

((Quase 33)) Idade

O que falar de uma idade que aos 10 não imaginava como seria? Tirando que provavelmente estaria já casado e com a vida estabilizada? (sim, pensava isso aos 10 anos...)
O que falar de uma idade que aos 20 ainda estava correndo atrás do Sonho de entrar na UnB, aflito com o que poderia vir se não passasse no Vestibular? (fazia Matemática mas não queria ser Matemático. )
O que falar de uma idade que aos 30 me impressionava com a proximidade, mas também com algumas ainda indefinições? (Ainda sofrendo para sair da UnB, depois de demorar para entrar.)

Nada. Não falo nada. Talvez é isso que aprendi. Tentar valorizar meus silêncios.(Aprendi?)
As coisas acabam acontecendo, algumas como planejamos, outras como não planejamos.
Aos 33 continuo sendo um cabra de Sobradinho, com alguns sonhos, e algumas dúvidas, e poucas certezas.
Quem sabe aos 40 aprenda a lidar com isso plenamente. Enquanto isso...





((Quase 33)) Gracias a La Vida

A vida nos dá alguns presentes. Cabe a gente aceitar. E agradecer.
Tá, fácil dizer. Tem alguns tão bons que a gente nem acredita que eles vem. É quando a gente deixa passar, nos arrependemos.
Tenho cá meus pontos negativos. Todas e todos tem. A questão é desapegar-se dos negativos, principalmente daqueles que você não tem controle, e aproveitar os positivos.
Tá, fácil dizer II, a missão. Alguns doem. Rasgam a alma. Nos paralisam.
A única coisa que posso falar é tentar manter a cabeça erguida.
Afinal, isso também vai passar...


quarta-feira, agosto 04, 2010

Ju,

Tu pregou uma peça na gente.
A gente pensando que você era desse mundo.
Mas não. Este mundo não era o bastante para ti. Deveríamos ter desconfiado.
O mundo não estava preparado para alguém que a alegria é a vida, e vice-versa. Sempre prestativa, sempre ajudando, e sempre trabalhando. Com um sorriso no rosto nas situações mais complicadas. Incentivando quem tava desanimado ou desanimada.
Nem nós tavamos preparados, para aquelas perguntas simples, tão simples, que você fazia de coração nas reuniões dos projetos do RadioDiversidade. E nos desconcertava.
Nem eu ainda estava preparado para mergulhar na vida, como você sugeriu muitas vezes.(POde deixar que estou resolvendo isso, e sobre pedir desculpas também...)

Aí, de repente, você foi para seu lugar, nas estrelas.
Fico aqui lembrando de uma poesia de Mário Quintana, "Parece um sonho."

"Parece um sonho que ela tenha morrido!"
diziam todos... Sua viva imagem
tinha carne!... E ouvia-se, na aragem,
passar o frêmito do seu vestido...

E era como se ela houvesse partido
e logo fosse regressar da viagem...
- até que em nosso coração dorido
a Dor cravava o seu punhal selvagem!

Mas tua imagem, nosso amor, é agora
menos dos olhos, mais do coração.
Nossa saudade te sorri: não chora...

Mais perto estás de Deus, como um anjo querido.
E ao relembrar-te a gente diz, então:
"Parece um sonho que ela tenha vivido!"

Poisé, foi um sonho. bonito sonho que vivemos juntos.
Vá na luz, Ju. Vai ser mais uma estrela, para nos iluminar lá de cima.
E valeu por compartilhar sua passagem na Terra conosco, amiga.