quarta-feira, janeiro 20, 2010

O que cantaremos depois...

De vez em quando bate uma nostalgia de nós mesmos. É quando a gente se vê n'alguma foto ou num texto antigo. No meu caso, nesta semana 10, 5 anos mais jovem.
Motivações diferentes, sonhos diferentes, perspectivas diferentes. Aquele ser dos textos ou na foto pensava, amava, lutava, sorria, sofria, escondia e revelava. Tinha o mundo a descobrir. E à mudar.
Não deu para evitar uma sensação entre o constrangimento e a agonia de não perceber resultados óbvios de minhas ações. Ou de minha incapacidade, quando percebia, de convencer as pessoas ao meu redor. Nossa tendência a autocrítica e ao controle, mesmo com a distância temporal, faz a gente se exigir muito de nós mesmo. Como se pudessemos pegar uma máquina do tempo corrigir o que fizemos de "errado". Como se o resultado das escolhas que fizemos não fosse também parte de nós mesmos, de nossa construção como pessoa...
Poisé, viajar no tempo dessa maneira é legal. Desde que a gente não fique preso por lá...

sábado, janeiro 09, 2010

Mensagem numa garrafa.

Naufragos como o povo de lost. Bilhões. Procurando um lar. Mandando recados para o resto do mundo, esperando respostas. Alguns esperando até perguntas.
Procurar alguém que catalise a si mesm@. Outro ser inteiro, não outra metade. Complexos como nós. Alguns se perdem na busca.
Mergulhando de cabeça. Com o perigo de não saber da fundura do rio. Nem da correnteza. Nem se sabemos nadar. As vezes pensamos que sabemos. Estas águas enganam, e muito!

E tentamos. Às vezes contra a correnteza. Por todo o mundo.

domingo, janeiro 03, 2010

Vísivel

Histórias com inicio, meio e fim. Imagens limpas, assépticas. Com ar-condicionado e tudo. Feitas para se enquadrar em cinema de shopping.
O filme do Lula. E o do Zezé de Camargo e Luciano também.
(Vixe, melhor não começar, a lista é imensa...)
Ficções, sobre parte da história recente do Brasil, que faz parte do rural se tornar urbano. Trajetórias tipo Self-Made Man. Numa realidade de alijamento de parte da população dos meios de consumo.
O caipira e o nordestino como imagem brasileira sempre foi algo olhado com desdém. Mazzaropi que o diga.
O que é feito deixa lacuna. O perfeito. E nesta ausência há algo que se perdeu no processo, que talvez retrate mais do que o que é mostrado em tela.