sexta-feira, junho 03, 2011

Uma provocação em 278 páginas

Um grupo de jovens, nos seus vinte e poucos anos, todos oriundos do Movimento Estudantil da UnB, escreve um livro a partir de textos publicados em um blog. Nestes textos, estes estudantes compartilham uma visão de transformação social, pensando o Brasil e a Universidade como problemas. Formam um grupo político com atuação e formulação dentro e fora da Universidade. Atuação coerente com o programa proposto do grupo.

Este paragrafo, como o livro em si, serve como provocação para prováveis reflexões sobre a produção estudantil no contexto universitário brasileiro. Contexto limitante, objetiva e subjetivamente. A publicação em questão, o livro “Imaginar para Revolucionar”, coloca a vontade politica deste grupo, Brasil e Desenvolvimento, de superar estes contextos, não escondendo a radicalidade de pensamento. Pensamento que ousa dizer seu nome, de esquerda.

Segundo eles, "(...) o debate sobre desenvolvimento está situado muito além do crescimento econômico, passando por empoderamento social, inclusão e cidadania. Queremos apresentar uma nova visão de mundo, uma nova alternativa de esquerda para o Brasil. Construir esse novo senso comum emancipatório é romper com a ideologia dominante, é inundar o espaço publico com novas ideias, é imaginar para revolucionar."

Sabemos que não é o primeiro grupo de jovens atuantes politicamente que se incomodam com o problema Brasil. Elas e eles se inserem na tradição de procura de Sentido de formação algo que confusa, que coloca como realidades distantes o Brasil Real do brasil Ideal Acadêmico. No que elas e eles são devedores desta procura. Os membros do Brasil e Desenvolvimento parecem conscientes deste problema, de seus ônus e bônus. Procuram responder à altura. Curioso é pensar para onde novas respostas e questionamento os vão levar, politica e intelectualmente falando.

As pistas dadas por este livro são as mais otimistas possíveis.


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